Por trás do humor negro escancarado neste novo trabalho da Cia OmondÉ, vislumbra-se um dramático retrato da degradação humana.
A ação se passa durante uma viagem rumo a Disney, do embarque no aeroporto ao voo imprevisível e atribulado, entrecruzando histórias ligadas à infância. A diretora Inez Viana impõe dinâmica ágil à montagem, afinada com esse aspecto do texto.
A Cia OmondÉ surgiu em 2010 da vontade da diretora e atriz Inez Viana em formar um grupo com atores de várias partes do Brasil para o aprofundamento de uma pesquisa cênica, onde a diversidade, brasilidade e o diálogo com a cena mundial contemporânea fossem concomitantemente estudados. Seu repertório compõe-se das peças: “As Conchambranças de Quaderna” (2009) de Ariano Suassuna, Prêmio Contigo pela direção; “Os Mamutes” (2011) de Jô Bilac, Prêmio FITA de melhor direção; e “Nem Mesmo Todo o Oceano” (2013) de Alcione Araújo. Atualmente, a Cia OmondÉ é formada por dois mineiros, um potiguá, um paraibano, um paranaense e cinco cariocas.